woman carrying barbell

Fibromialgia e Atividade Física: Como o Movimento Pode Ser um Aliado no Controle da Dor

A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dor musculoesquelética generalizada, acompanhada de fadiga, distúrbios do sono, alterações cognitivas e, muitas vezes, sintomas emocionais como ansiedade e depressão. Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que haja uma alteração no processamento da dor pelo sistema nervoso central, tornando o corpo mais sensível a estímulos dolorosos. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia afeta principalmente mulheres entre 30 e 60 anos, e seu manejo exige uma abordagem multidisciplinar, combinando acompanhamento médico, mudanças no estilo de vida e prática regular de atividade física.

Érika Carvalho

8/14/20252 min read

O papel da atividade física no tratamento da fibromialgia

Durante muito tempo, acreditou-se que pacientes com dor crônica deveriam evitar exercícios. Hoje, sabemos que o movimento é um dos recursos mais eficazes para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

De acordo com o American College of Rheumatology, exercícios aeróbicos de baixo impacto, fortalecimento muscular e alongamento regular podem:

  • Reduzir a intensidade da dor

  • Melhorar a função física e mobilidade

  • Diminuir a fadiga

  • Melhorar o humor e reduzir sintomas depressivos

  • Favorecer o sono de qualidade

O segredo está na progressão gradual e na escolha de atividades adequadas à condição de cada paciente.

Tipos de exercícios recomendados

1. Atividades aeróbicas leves

Caminhada, bicicleta ergométrica, hidroginástica e natação são indicadas, pois estimulam a circulação, aumentam a liberação de endorfinas e não sobrecarregam as articulações.

2. Treinamento de força

Fortalecer músculos é fundamental para estabilizar as articulações e reduzir sobrecarga mecânica, o que pode diminuir crises dolorosas. Exercícios com peso corporal, elásticos ou cargas leves são suficientes para gerar benefícios.

3. Alongamento e mobilidade

Práticas como yoga, pilates e alongamento estático ajudam a manter a flexibilidade, melhorar a postura e reduzir a rigidez muscular.

4. Exercícios aquáticos

A água reduz o impacto e proporciona relaxamento muscular, além de facilitar movimentos que em solo seriam dolorosos.

Como iniciar a prática de forma segura

Para que a atividade física seja benéfica e não cause sobrecarga, é fundamental seguir algumas orientações:

  • Começar com intensidade leve e aumentar gradualmente

  • Realizar treinos curtos no início (15 a 20 minutos)

  • Dar atenção à postura durante os exercícios

  • Intercalar dias de treino com descanso ativo

  • Escutar os sinais do corpo para evitar crises

Segundo Busch et al. (2011), treinos de 2 a 3 vezes por semana, com intensidade moderada, são suficientes para promover melhorias significativas nos sintomas da fibromialgia.

Benefícios além do corpo

A prática regular de atividade física não atua apenas na dor física, mas também no bem-estar emocional. Exercícios ajudam na regulação de neurotransmissores como serotonina e dopamina, que estão diretamente ligados ao humor e à sensação de prazer.

Além disso, a sensação de autonomia e conquista que vem com a prática é fundamental para melhorar a autoestima e a motivação.

A importância da supervisão profissional

Um treino bem estruturado e adaptado às limitações da fibromialgia é essencial para que os benefícios sejam alcançados sem risco de piora dos sintomas. Por isso, o acompanhamento com um profissional de educação física qualificado é indispensável.

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Conclusão

A fibromialgia não tem cura, mas tem manejo. E a atividade física, quando bem orientada, é um dos pilares mais importantes desse controle. Movimentar o corpo é investir na redução da dor, no aumento da energia e na reconquista da qualidade de vida.

Seja com caminhadas leves, exercícios aquáticos, fortalecimento ou alongamentos, o mais importante é começar — e manter — uma rotina que respeite os limites do seu corpo e evolua no seu ritmo.

Referências Bibliográficas